Prof. Dr.António Cunha
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"Dadas as dificuldades encontradas pelos treinadores, face ao modelo tradicional de periodização de Matveiev, no andebol impõe-se que a edificação da forma desportiva assente, por um lado numa base muito mais lata, considerando-se o atleta como um todo, e por outro num conhecimento cada vez mais específico da modalidade desportiva a que respeita, sob pena de se incorrer em graves erros metodológicos. Face a longa duração do calendário competitivo e às suas características, parece ser mais vantajoso evitar as grandes oscilações, preconizando a adopção dos chamados patamares de rentabilidade em detrimento dos picos de forma, ajustando-se estes sobretudo às modalidades com um curto período competitivo tal implica a necessidade de uma organização próprio a do processo de treino anual, baseada numa distribuição regular das cargas de treino e competição, sem a presença marcada de etapas de grande intensidade e das etapas de baixa intensidade.
Frequentemente, quando se perspectiva a periodização do treino em Andebol, os factores dominantes da capacidade do jogo são pouco considerados, reduzindo-se todo o processo às repercussões das cargas no plano físico-atlético, o que induz uma intervenção pouco ajustada às exigências da modalidade.
Nesta perspectiva, impõe-se uma periodização adequada às exigências dos Jogos, dedicando-se uma atenção mais adequada à análise dos aspectos estruturais e funcionais da competição, para que, em função deles, seja possível sistematizar os objectivos e a natureza dos efeitos dos exercícios a propor aos atletas no processo de treino."